Vidas secas - analise critica
Quando perguntado o que seria a obra Vidas secas, Graciliano Ramos respondeu que se tratava de “um livrinho sem paisagens, sem alegria, sem diálogo e sem amor”. Na verdade, estamos diante de um romance triste, cheio de tensões críticas entre o homem e o seu meio. Um meio social, um meio de violência, de latifúndio, enfim, um meio natural, hostil e seco.
Dois temas são muito aborbados nesse livro: as difereças em relação ao meio e em relação ao proximo. O autor, trabalha visando o centro social e do universal, do particular e do trabalho coletivo. o Romace é inteiramente virado ao Nordeste do Brasil, onde ocorrerá essas discuções sobre o meio em que o povo desse lugar convive em constante instabilidade.
Esta obra de Graciliano Ramos é produzida em 1938 foi em cima do grande momento de fermentação ideológica e política. Os ideais de comunismo, socialismo, fim de latifúndio eram senso comum entre os intelectuais da época. A ideia de socializar, dar uma condição melhor para empregados foi os ideias daquela geração.
Vidas secas,que é comparado às vezes a uma metáfora contra o Estado Novo – é composto de treze capítulos. Estes treze capítulos formam uma estrutura narrativa um tanto quanto “seca”. O primeiro capítulo, que tem o nome de “Mudança”, mostra uma família de retirantes composta incialmente por seis membros: Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais novo e o menino mais velho, a cachorra Baleia e um papagaio. Não se sabe qual é o destino dessa familia, só se sabe que eles estão migrando sem direção certa. Um fato curioso é que o autor não dá nenhuma localização do tempo em que os personagens estão. Isto comprova que Vidas secas é uma obra sem tempo certo, clássica, e que jamais envelhecerá.
O romance apresenta uma estrutura narrativa que pode ser considerada aberta. Graciliano Ramos não é um narrador que conta apenas os fatos que acontecem. Ele dá voz aos personagens para que cada um,inclusive os animais.
Graciliano Ramos, que é