Análise Jurídica de "Morte e Vida Severina"
CAMPUS CIDADE DE GOIÁS
CURSO DE DIREITO
L. A. DE ANDRADE
Análise Crítica e Jurídica do Livro “Morte e Vida Severina”
CIDADE DE GOIÁS – GO
2013
LAISSA ABREU DE ANDRADE
Análise Crítica e Jurídica do Livro “Morte e Vida Severina”
Cidade de Goiás- GO 2013
Morte e Vida Severina
Morte e vida Severina é um poema social que trata da realidade da seca no nordeste brasileiro. Tem como personagem principal Severino, que vive em Pernambuco e inicia o poema identificando-se como um dos muitos Severinos daquela terra, que viviam rodeados pela morte que estava sempre à espreita, oras em face de grande seca, oras em face de grande fome, consequência da primeira. “Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida:... na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas e iguais também porque o sangue que usamos tem pouca tinta”: o que se percebe não é um reflexo da garantia constitucional da igualdade (art. 5º, caput, CF 88) e da dignidade humana (art.1º, III, CF 88). Estes versos são um exemplo claro da massificação da miséria, onde todos se igualam. No meio de seu trajeto, rumo à Recife, depara-se com uma das vítimas da miséria nordestina, que acabam por concluir (ele e os carregadores do corpo) que era, na verdade, sortudo o falecido por não ter que enfrentar mais a seca. Os absurdos continuam. No meio do caminho, seu guia, o Capibaribe, o rio, seca, deixando o retirante desnorteado. Pensa em parar e procurar emprego, mas ofertando suas grandes experiências de cultivo da terra, de nada adianta, profissão que dá lucro, são as que relacionam-se com a morte. Chegando a Recife, ouve a crítica de dois coveiros à pessoas que como ele, saem dá caatinga pra zona da mata,