O sertão na arte brasileira do século xx

Introdução Ao decorrer dos acontecimentos históricos de nosso país, o Sertão brasileiro se transformou em sinônimo indissociável de seca, devido à condição climática natural da região, que afeta seu solo e, consequentemente, a vida de milhares de pessoas que vivem nessa terra, influenciando diretamente nas migrações ocorrentes no país, dando ênfase na falta de estrutura do sistema. Região de domínio climático semiárido, com vegetação de caatinga, com índice pluviométrico variável de 300 a 800 mm/ano, temos o Nordeste, assunto chave desta monografia. Analisando a seca e suas consequências, percebe-se, no decorrer de toda a história que o nordeste foi composto de tristezas, sofrimentos e de grandes prejuízos materiais e condições indignas proporcionadas.
O problema da seca não é, como muita gente pensa, apenas uma questão de água e chuvas. É tudo muito mais sério. Depende da população vivente na região como também do grau de cultura e educação dos cidadãos ou, mais particularmente, da elite dirigente do país, logo a seca não é apenas um problema climático, mas sociopolítico, por que já existem tecnologias capazes de garantir o sucesso de atividades agropecuárias em regiões semiáridas. O que se criou foi uma indústria da seca, trazendo lucro aos grandes proprietários em detrimento de grande massa da população.
O objetivo desta monografia é fazer uma análise da seca do nordeste brasileiro, enfatizando os aspectos artísticos, políticos e literários que expressam todos os fenômenos consequentes da seca na formação do povo e dos costumes nordestinos, tanto na época da segunda geração modernista (1930), como nos dias atuais. Através da arte pode-se obter uma síntese sensível da história de um povo. A arte reflete não apenas as emoções do artista, mas a influência do meio social em que vive, evidenciando sempre o momento histórico do homem sejam eles positivos ou negativos. Em questão de uma obra plástica, no caso a pintura, o artista Candido Portinari retrata em suas