Vida e obra de bernardino ramazzini
“A aceleração do processo econômico amplia o uso e a exposição aos produtos químicos. O problema concentra-se em países pobres.” (Resumo de matérias publicadas na Revista FUNDACENTRO 11 e 13/1999).
A produção química industrial gera trilhões de dólares anualmente e representa um imenso número de empregos. São conhecidas mais de 10 milhões de substâncias químicas no mundo, sendo mais de 100.000 destas substâncias de uso difundido, mas apenas algumas centenas já foram estudadas ou conhece-se sobre os riscos para o organismo humano. Além disso, várias substâncias novas surgem anualmente. Indústrias são instaladas em países e regiões sem infra-estrutura adequada e mão-de-obra qualificada, e a concorrência acirrada exige custos cada vez menores. Esses fatores contribuem para o aumento do número de acidentes e a maior ocorrência de doenças do trabalho, além das conseqüências destas condições mais precárias de trabalho para o meio ambiente e para a saúde da comunidade. Diariamente, ocorrem milhares de acidentes de trabalho, com conseqüências aparentemente pequenas ou com conseqüências que só serão notadas mais tardiamente. A manipulação de produtos químicos é ampla, cada vez mais difundida e mesmo em pequenas empresas. Além da intoxicação aguda, a exposição a produtos químicos pode ocasionar doenças muito mais tarde, como câncer, alergias, infertilidade, etc, pela intoxicação crônica, que em muitos casos passa despercebida em seu início. São milhares de empresas que operam com pouco ou nenhum cuidado, com exposição dos trabalhadores que, em muitos casos, nem mesmo sabem com o que estão lidando. Os principais fatores de risco são: a falta de conhecimento do produto, a falta de identificação adequada e a falta de treinamento para manuseio dos produtos. A instituição de um sistema internacional de rotulagem das substâncias químicas, a identificação e o controle dos riscos, o treinamento dos trabalhadores e a identificação