vida afetiva
"O coração tem razões que a própria razão desconhece." Quais são essas razões?
São nossos afetos que dão o colorido especial à conduta de cada um e às nossas vidas. Eles se expressam nos desejos, sonhos, fantasias, expectativas, nas palavras, nos gestos, no que fazemos e pensamos. E o que nos faz viver.
Para falarmos de afetos, seria preferível dar a palavra aos poetas. Estes sim, expressamnos de uma maneira tão clara, tão precisa, que traduzem com perfeição estados internos que não cabem na racionalidade científica. AFETOS E PSICOLOGIA
Por que os psicólogos precisam falar da vida afetiva? Porque ela é parte integrante de nossa subjetividade. Nossas expressões não podem ser compreendidas, se não considerarmos os afetos que as acompanham; mesmo os pensamentos, as fantasias - aquilo que fica contido em nós - só têm sentido se sabemos o afeto que os acompanham.
O Psicólogo, em seu trabalho, não pode deixar de lado esse aspecto constitutivo da subjetividade - a vida afetiva - e estudar apenas a vida cognitiva e racional dos indivíduos. Agindo, assim, certamente não irá compreendê-los em sua totalidade.
Pense em quantas vezes você já programou uma forma de agir e, na hora "H", comportou-se completamente diferente.
Seus afetos a traíram. Foi difícil ou, no caso, impossível contê-los. Tanto nesse exemplo, como em muitas situações de vida, não há a mediação do pensamento - são os afetos que determinam nosso comportamento. É nesta circunstância que se ouve aquela frase tão corriqueira: "Como ele é impulsivo!".
A vida afetiva, ou os afetos, abarca muitos estados pertencentes às teorias vinculadas ao prazer-desprazer, como, por exemplo, a angústia em seus diferentes aspectos - a dor, o luto, a gratidão, a despersonalização - os afetos que sustentam o temor do aniquilamento. Ao procurarmos compreender a vida afetiva, é importante adotarmos a terminologia adequada por tratar-se de uma área de estudo repleta de nuances. Portanto,