Verde
Estudos Portugueses e Estudos Românicos da Faculdade de Letras do Porto organiza, com o apoio da Reitoria da Universidade do Porto e a colaboração da APEF, queria saudar todos os presentes e congratular-me por terem correspondido de modo tão surpreendentemente positivo ao convite para participarem na nossa iniciativa.Começo por dar as boas-vindas aos participantes estrangeiros, cuja presença muito nos honra, e desejar-lhes uma óptima estadia no Porto. Agradeço aos colegas de outras universidades o contributo que quiseram trazer a esta reflexão colectiva, enriquecendo-a; e, também, aos colegas que são professores do Ensino Básico e Secundário e têm a seu cargo a difícil tarefa de preparar nas áreas da língua e da literatura todos aqueles alunos (afinal a maior parte) que irão fazer a sua formação universitária noutros campos do saber que não o das humanidades. Saúdo, igualmente, os alunos que trazem o seu contributo para um debate que lhes diz sobretudo respeito, porque tem fundamentalmente a ver com a qualidade do seu futuro, que a todo o custo tem de ser salva. Por último, agradeço a presença de todos os que se dispuseram a seguir estes trabalhos, centrados na relação entre literatura e ecologia. O aparecimento do pensamento ecológico pós-moderno data do início da década de 70, quando se começa a pôr em causa a tese da infinidade de recursos e é proclamado, na conferência de Estocolmo de 1972, o direito à qualidade de vida e à conservação dos recursos da terra para as futuras gerações.
A consciência da necessidade de criar um novo paradigma no campo da economia não conseguiu evitar, até ao momento presente, que esta deixasse de se basear no individualismo feroz e na ânsia de um lucro desmesurado e abusivo. A preocupação ecológica actual nasce da necessidade de mitigar o esgotamento dos recursos naturais, como condição de sobrevivência a médio prazo, o que exige não apenas um