verdade para sócrates
Sócrates é acusado pelos cidadãos atenienses de não acreditar nos deuses e especular coisas celestes e investigar as subterrâneas, e por ter a virtude de dizer a verdade é considerado um homem “hábil no falar”, ou seja, tem um alto poder de persuasão, por isso ainda é chamado de “orador”. Porém Sócrates se defende de tais acusações dizendo que não é possível alguém convencer o outro de que algo é verdade se a própria pessoa não tem conhecimento a respeito do tal tema, ou seja, Sócrates acredita não saber de nada, portanto não há como ele inferir uma ideia a alguém sendo que aquilo não é certo de que é verdade, pois “a verdade é aquilo que é”, de acordo com o determinismo, ou seja, é uma certeza. Para tirar a conclusão se Sócrates era ou não o mais sábio (se ele possuía ou não a verdade do saber), foi até o Oráculo de Delfos e perguntou a ele e o mesmo respondeu que sim, Sócrates realmente era o mais sábio de todos. Mas como poderia ele ser o mais sábio se acreditava não saber de nada? Com a intenção de refutar o Oráculo, foi em busca de provas de que havia alguém mais sábio que ele, até porque o Oráculo não mente e Sócrates queria saber o significado da revelação que lhe foi concedida. Analisando a sabedoria de um dos políticos, de poetas trágicos e dos ditirâmbicos, percebeu que nenhum dos habitantes terrestres sabem nada de belo e bom, mas esses homens analisados acreditavam saber algo, enquanto Sócrates admite não saber de nada, não acredita saber aquilo que não sabe. Portanto, mentirosos são aqueles que acusaram as palavras do orador, pois Sócrates diz a verdade ao citar “sei que nada sei”.