Pequeno resumo sobre a obra "Apologia de Sócrates"
A obra de Platão é dividida em três partes. A primeira refere-se à defesa de Sócrates, a segunda à condenação de Sócrates e a sugestão de sua sentença e, por fim, a terceira parte é a despedida de Sócrates do tribunal.
É importante destacar que Sócrates se empenhava em ensinar aquilo que era denominado de “verdade”. Por isso, no princípio do texto, este filósofo refere-se aos cidadãos de Atenas dizendo para eles que muitas pessoas tinham vindo ao tribunal (praça) para os persuadirem, convencerem com depoimentos e testemunhas. Entretanto, ele (Sócrates) não estava ali com este objetivo, já que ele trazia sempre consigo a “verdade”. Disse também que ele iria se defender de modo justo, sem omitir, mentir ou fugir da questão principal, mas iria contar de fato o que aconteceu. Assim, Sócrates coloca sua própria vida em risco, uma vez que a sua pena era de morte, mas sem deixar de expor abertamente a “verdade”. Conclui-se, portanto, que este filósofo tinha a convicção de que existia uma verdade que estava acima das outras, que é transcendente ao mundo.
Em contrapartida, os sofistas, por exemplo, negam esta concepção de “verdade absoluta” defendida por Sócrates, dizendo que no mundo não há fatos concretos, reais, mas sim diversas interpretações, ou seja, são relativistas.
Sócrates prossegue sua defesa dizendo que as acusações de ser orgulhoso, soberbo, mentiroso e as outras inclusive ser o mais sábio, não faziam sentido, porque para ele, ele não se encaixava em nenhuma dessas atribuições. Por isso, ele disse para essas pessoas que elas estavam sendo convencidas