VENDO VOZES
Precisamos mudar as práticas sociais sobre os surdos,.
Pois todo mundo tem os seus direitos e surdo também é cidadão.
Assim como a grande maioria das pessaos veem a Libra como uma forma simples de comunicação por se utilizar do visual e não da oralidade.Ao ler o livro,não tem como não se colocar no lugar de uma pessoa surda,nas dificuldades que passam,no desprezo,nas humilhações e acima de tudo não são valorizados na vida profissional,pessoal,amoroza,vivem com muita dificuldade,pois são poucas pessoas que lhe dão uma oportunidade de vida melhor.O grande impulso na educação e emancipação dos surdos que entre 1770 e 1820 arrebatara a França continuou assim sua trajetória triunfante nos Estados Unidos até 1870(Clerc, imensamente ativo até o fim, e com uma personalidade carismática, morreu em 1869). E Então – e esse é o momento crítico de toda a história – a maré virou, voltou-se contra o uso da língua de sinais pelos surdos e para os surdos, de tal modo que em vinte anos se desfez o trabalho de um século.
Havia de fato, verdadeiros dilemas, como sempre houvera, e eles existem até hoje. De que valia, indagava-se o uso de sinais, sem a fala? Isso não restringiria os surdos, na vida cotidiana, ao relacionamento com outros surdos? Não se deveria, em vez disso, ensina-los a falar (e ler os lábios), permitindo a eles plena integração com a população em geral? A comunicação por sinais não deveria ser proibida, para não interferir na fala?
Havia surgido uma profusão de “reformadores” – Samuel Gridley Howe e Horace Mann foram exemplos notórios - que clamavam pela derrubada dos “obsoletos” asilos que adotavam a língua de sinais e pela introdução de escolas oralista “progressistas”.