Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos.

O texto traz uma visão bem clara de que a língua de sinais é a mais profunda expressão dos pensamentos. O autor descreve em sua primeira parte do texto as dificuldades e conquistas de crianças e adolescentes surdos nas escolas. Entre elas a escola Lexington School for the Deaf, onde ele encontra adolescentes com surdez pré-linguística, mas que com educação intensiva estavam tendo ótimos resultados num nível equivalente a alunos ouvintes.
O autor cita que o primeiro uso da linguagem é feito entre a mãe e o filho. Não podemos adquirir sozinhos uma língua, para isso precisamos de outra pessoa que já possui capacidade linguística. Ele diz que somente por meio de transação com outra pessoa que a linguagem é desenvolvida. O sujeito através da interação com o outro avança do aspecto biológico para o sócio histórico.
Passamos a compreender que a criança passa não apenas a construir o seu conhecimento de dentro para fora, mas constrói o seu pensamento a partir das relações sociais que estabelece com o outro. Nas palavras de Vygotsky o bebê apenas pode passar à etapa seguinte ou concebê-la quando ocupada e comunicada por sua mãe. O autor explica que se a comunicação for imprópria ocorrerá consequências no desenvolvimento da linguagem e isso ocorre com grande frequência quando uma criança nasce surda.
O autor afirma que não é só a língua que deve ser introduzida à criança, mas também o pensamento, caso o contrário ela permanecerá presa a um mundo concreto, principalmente em crianças surdas, pois muitos pais não sabem como se dirigir a elas desfavorecendo o progresso da sua mente e impedindo seu avanço.
Ele explica também que o diálogo impulsiona a linguagem, mas depois disso nós desenvolvemos a fala interna. É por meio da fala interna que a criança desenvolve seus próprios conceitos, conquista sua própria identidade e constrói seu próprio mundo.
Concluindo, o texto me fez perceber o meu total desconhecimento sobre a atividade intelectual dos surdos, mas também percebi