“Vendo vozes – uma viagem ao mundo dos surdos” de oliver sacks
Resenha do primeiro capítulo de “VENDO VOZES – Uma viagem ao mundo dos surdos” de Oliver Sacks
Depois da leitura desse capítulo inicial, que faz um breve relato da história dos surdos e o modo como a sociedade lida com esses cidadãos desde o séc. XVII, fica claro que muitos preconceitos ainda existem e que ainda há muito o que ser mudado para que as relações entre falantes e surdos seja mais justa e proveitosa.
Assim como a grande maioria das pessoas, que não dão ao assunto a devida atenção, antes de começar a estudar o tema da surdez, não tinha me dado conta da riqueza e singularidade com que os surdos falantes de Libras desempenham todas as suas funções e desenvolvem todas as suas capacidades com total destreza, assim como qualquer outro falante. Muitas pessoas veem a libras como uma forma rudimentar de comunicação, por se utilizar do visual e não da oralidade, mas, como lemos no texto, a língua de sinais é completa em si e cumpre sua função no desemprenho da comunicação linguística pois possui sua sintaxe, gramática e semântica estruturada de modo a organizar o pensamento assim como fazem os falantes de línguas orais ao adquirirem sua língua nativa.
Ao ler o texto não se pode deixar de se colocar no lugar de um surdo. Como seria ter nosso meio de comunicação, no caso a voz, calada ou dificultada? Como nos sentiríamos se não nos fosse permitido falar português em detrimento da alta valoração de uma outra língua qualquer? Isso é o que acontece com os surdos que aprendem, por exemplo, o inglês em sinais, mas com a diferença de que a desvantagem desses é ainda maior, pois para esses o que acontece é a troca de uma língua natural por uma artificial.
Libras, por ser visual, é uma língua totalmente acessível para os surdos e, mais especificamente, os