Variação linguística em Jornais
Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma análise linguística de duas reportagens retiradas de jornais impressos, sendo um a Folha de São Paulo e outro, o Jornal ABCD MAIOR. Observamos as diferentes variações linguísticas ao compará-los, considerando principalmente a diferença de adequação da linguagem diante dos seus leitores. A base será as teorias da Sociolinguística, que estuda as diferentes variações linguísticas presentes nas comunidades dos falantes. Como forma de perceber o uso da língua e sua variação, observaremos o jornal por ser um importante veículo de informação, formador de opiniões, podendo contribuir para promover um posicionamento crítico e instigando a percepção de quem o lê para perceber a adequação de sua linguagem diante do público a que é destinado. A base desta análise será, principalmente, nas teorias de Bagno(2010), Gnerre(1987) e Fiorin (2010).
De acordo com Fiorin (2008), a língua já foi vista como instrumento de comunicação, ou seja, código por meio do qual se estabelece a comunicação entre emissor e receptor. Atualmente a linguagem é entendida como um processo de interação entre os sujeitos, assim, os falantes não usam a língua só para exteriorizarem seu pensamento ou para manter a comunicação, mas na verdade a usam para realizar ações, para atuarem um sobre o outro e produzirem sentidos numa certa esfera social, histórica e ideológica. Sociolinguística: O termo que surgiu em 1960 é uma vertente da Linguística, que estuda a variação da língua, levando em consideração as relações entre a sua estrutura e os aspectos sociais e culturais. A Sociolinguística entende a variação linguística como fenômeno cultural que pode ser motivado por fatores como classe sintática, fonética, fonológica, morfológica, semântica e lexical ou extralingüísticos: a variação social, a variação regional, a variação histórica e a variação de registro ou estilística, conforme os apontamentos de Bagno (2007).
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