Valores e Valoração - A questão dos critérios valorativos
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Capítulo 5
VALORES E VALORAÇÃO
A QUESTÃO DOS CRITÉRIOS VALORATIVOS
Factos e valores
Juízos de facto
Juízos de valor
Têm claramente valor de ver- Não é óbvio que tenham valor de dade. O seu valor de verdade é verdade. E, se são verdadeiros independente das crenças ou ou falsos, talvez não o sejam ingostos de quem os profere. dependentemente das crenças ou gostos de quem os profere.
São totalmente descritivos. São pelo menos parcialmente
Quando são verdadeiros, liminormativos. De certa forma destam-se a dizer-nos como as coitinam-se a indicar-nos como sas são. devemos avaliar as coisas.
Exemplos:
Juízos de facto
O João é alto.
A pena de morte leva à condenação de inocentes.
A Bíblia é um livro volumoso.
Existem muitos quadros azuis.
Juízos de valor
O João é corajoso.
A pena de morte é extremamente injusta.
A Bíblia é sagrada.
Só os quadros azuis são belos.
Os juízos morais são os juízos de valor mais discutidos pelos filósofos. Estas são duas questões importantes sobre a natureza desses juízos:
1. Os juízos morais têm valor de verdade?
2. Se têm valor de verdade, são verdadeiros ou falsos independentemente da perspectiva de quaisquer sujeitos?
A Arte de Pensar: Capítulo 5 — acetato
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As teorias objectivistas respondem afirmativamente a ambas as questões. Vamos examinar apenas teorias que não são objectivistas.
Subjectivismo
Subjectivismo: Os juízos morais têm valor de verdade, mas o seu valor de verdade depende da perspectiva do sujeito que faz o juízo.
Existem factos morais, mas estes são subjectivos, pois só dizem respeito às atitudes de aprovação ou reprovação das pessoas.
Duas razões para ser subjectivista:
Se as distinções entre o certo e o errado não forem fruto dos sentimentos de cada pessoa, então serão imposições exteriores que limitam as possibilidades de acção de cada indivíduo. O subjectivismo preserva a