filosofia
Valores e valoração
Aplica-se o termo valor a propósito de objetos materiais.
Na perspetiva filosófica, valor não se refere a coisas materiais. O seu significado ultrapassa esta interpretação materialista, referindo-se a um certo grau de atratividade. Se os valores não são coisas, eles também não se identificam com qualidades das coisas. O valor não reside nos objetos, é conferido pelas estruturas do sujeito.
Os objetos determinam nas pessoas sentimentos que as levam a rejeitar uns, preferir outros. Esta adesão ou repulsa face às coisas e situações significa atribuir-lhes um valor, ou seja, valorizá-las. O ato de valorizar só se exerce na presença dos objetos, dos atos ou das situações reais. Os valores constituem, assim, certos índices que determinam preferências ou rejeições.
Juízos de facto e juízos de valor
Estamos constantemente a formar juízos acerca do que se passa à nossa volta.
Tais juízos podem ser considerados juízos de facto ou juízos de valor.
Quando nos referimos às coisas, aos acontecimentos, aos outros e a nós mesmos, relatando ou descrevendo objetivamente aquilo que vemos, ouvimos ou sabemos, estamos a formular juízos de facto. Exemplos:
- Lisboa é a capital de Portugal.
-Hoje está um dia de Sol.
Tratam-se de afirmações referentes a coisas ou acontecimentos reais, que podem ser verificadas e que, portanto, são suscetíveis de serem aceites pela generalidade das pessoas. Juízos de facto – afirmações que descrevem objetivamente a realidade, sem acrescentar qualquer interpretação, comentário ou opinião pessoal.
Porém, todos assumimos uma atitude valorativa em face das coisas, o que nos leva a formular juízos de valor. Os juízos que formulamos a seu respeito deixam transparecer o calor da opinião, o sabor do comentário, em suma, a preferência que temos por umas coisas em relação a outras. Exemplos:
- Copiar nos testes é mau.
- É preferível ler um livro a ver televisão.
Juízos de valor –