Uv-vis
Espectrofotometria na região UV-VIS do espectro eletromagnético é uma das técnicas analíticas mais empregadas, em função de robustez, custo relativamente baixo e grande número de aplicações desenvolvidas [1].
A espectrofotometria é fundamentada na lei de Lambert-Beer, que é a base matemática para medidas de absorção de radiação por amostras no estado sólido, líquido ou gasoso, nas regiões ultravioleta, visível e infravermelho do espectro eletromagnético. Para medidas de absorção de radiação em determinado comprimento de onda, tem- se: A= log(Io/I) = bc, onde A é a absorvância, Io é a intensidade da radiação monocromática que incide na amostra e I é a intensidade da radiação que emerge da amostra. A absortividade molar (ε) é uma grandeza característica da espécie absorvente, cuja magnitude depende do comprimento de onda da radiação incidente. O termo c é a concentração da espécie absorvente e b, a distância percorrida pelo feixe através da amostra [2].
Muitas das inovações referentes à espectrofotometria consistem em estratégias para aumento de sensibilidade, visando ampliação da faixa de aplicação da técnica e permitindo, em alguns casos, que medidas em concentrações da ordem de mmol L-1 sejam efetuadas.
O primeiro método espectrofotométrico envolvendo a 1,10- fenantrolina foi proposto por Fortune e Mellon [3]. O ferro foi reduzido a Fe (II) com cloreto de hidroxilamina e misturado a uma solução contendo excesso de 1,10 fenantrolina. A reação forma um complexo colorido hexavalente, do tipo Fe(fen)3+2, com absorvância máxima em 508nm. O sistema obedece a Lei de Beer numa faixa de concentração de 0,10 a 6 ug. L-1, e pode ser aplicado a uma faixa de pH de 2,0 a 9,0. O ferro pode ser reduzido por sulfito de sódio, formiato de sódio e formaldeído, porém o cloreto de hidroxilamina é preferível por não formar complexos com Fe(II).
O Fe(III) reage com tiocianato gerando uma série de compostos coloridos, sendo estes vermelhos e podem ser