Determinação de cocaína por espectroscopia no Uv-vis
Quando um feixe de luz(radiação contínua) incide sobre uma amostra, esta absorve a radiação, onde átomos e moléculas passam do estado fundamental para um estado excitado. Essa radiação absorvida tem valor igual à diferença de energia entre os estados excitado e fundamental.
A espectroscopia de UV-Vis tem ampla aplicação na caracterização de diversas espécies químicas. Isso se dá pela absorção de energia depender da estrutura eletrônica da molécula.
O espectro de UV-Vis tem o aspecto de uma banda, pois a absorção eletrônica se sobrepõe a subníveis rotacionais e vibracionais.[1]
A energia eletromagnética interage com a matéria, o que de acordo com a intensidade obtém diferentes respostas no campo microscópico. O comprimento de onda que utilizamos fica localizado no intervalo denominado UV-visível, que engloba a luz visível (400 a 780 nm), ou seja, comprimento de onda responsável pelas cores que conhecemos e conseguimos enxergar, além das faixas de ultravioleta e infravermelho próximas ao intervalo da luz visível.
Os diferentes comprimentos de onda afetam as ligações das moléculas de diferentes formas, variando pela intensidade que se traduz na energia do comprimento de onda. Comprimentos menos energéticos que o UV-visível (como por exemplo o infra-vermelho ou as micro-ondas) causam alterações mais discretas nas moléculas, como vibração e rotação, respectivamente, sendo que esses também afetam o espectro formado, caracterizando assim bandas largas devido a sobreposição dessas diferentes transições da molécula. O UV-visível vai um pouco mais a fundo energeticamente falando, dando energia suficiente para que haja uma transição eletrônica, traduzida em um quantum de energia, que equivale a um ‘pacote de energia’ capaz de excitar um elétron, fazendo o se locomover de um estado fundamental para um estado excitado, mais energético, voltando logo em seguida, cerca de 10-19 segundos depois (mil vezes mais rápido do que uma alteração vibracional) ao seu estado