utopia

Introdução

Prefácio do Tratado da melhor forma de governo

O primeiro capítulo da obra de Thomas More se apresenta como uma introdução, um meio de o autor localizar o leitor no livro e revelar o que ele pode esperar da leitura. Nesse primeiro contato, More se dirige a um interlocutor específico, seu amigo Peter Gilles, desculpando-se pela demora que teve para finalmente concluir sua obra. Nesse sentido o prefácio em questão se faz curioso ,onde, utilizando-se da verossimilhança, o autor trata sobre alguns fatos cotidianos de sua vida, como sua família, casa, servos e amigos. É nesse primeiro capítulo ainda que Thomas define o principal objetivo de sua obra: transcrever com exatidão o relato feito pelo viajante fictício Rafael Hitlodeu a respeito da chamada ilha Utopia, cujo sistema social o surpreende pela tamanha perfeição.

Livro Primeiro

A primeira parte do livro é, em geral, um grande resumo da situação em que se encontravam os países europeus do século XV, mais precisamente da Inglaterra. Pode-se dizer até que More reserva a essa parcela da obra a meta de iniciar uma espécie de comparação entre a realidade da época e o que ele tem em sua mente como o sistema político perfeito, que seria o adotado no Estado fictício Utopia. O Livro Primeiro, assim como o prefácio, tem como narrador personagem Thomas More, que inicialmente relata a sua chegada à cidade de Antuérpia. Lá, conhece Peter Gilles que, por sua vez, o apresenta a Rafael Hitlodeu, exímio viajante que, ao lado de Américo Vespúcio, conhece o novo mundo. Depois de uma pequena narrativa que surpreende as personagens a respeito da existência de civilizações na América, More comenta o quão Rafael seria de ajuda como um conselheiro. É assim que o autor consegue levar a história a tomar um caráter mais social, quando Hitlodeu tenta explicar a impossibilidade de sua atuação junto a um príncipe. A partir disso, questões como o tratamento de ladrões na Inglaterra, sistemas políticos e