Utopia
Em A Utopia, More utiliza-se de fatos reais e os mistura com a fantasia com tanta maestria que para o leitor é difícil separar onde começa uma e termina a outra.
Simbolicamente, a ilha de Utopia é a antítese da ilha da Inglaterra. Trata-se de uma fábula na qual estão inseridos os princípios da sociedade humana, perfeita. Sociedade fundamentalmente racional que se auto-regula contra os males a as injustiças. Muitos pensadores, cada qual a sua maneira, já se debruçaram e analisaram essa obra-prima mundial entre eles Hegel e Marx.
O inegável é que essa obra atravessou o tempo e graças a este livro, a palavra Utopia entrou em nosso dicionário. Ganhamos assim um dispositivo crítico, o chamado pensamento utópico que consiste em sempre submeter as sociedades concretas ao julgamento promovido por nossos ideais de felicidade. Thomas Morus é a forma latinizada de se referir ao nome do escritor inglês Thomas More. Nascido em Londres entre os anos 1477 e 1478. Em 1521 foi feito cavaleiro. Em 1532 começou a cair em desgraça; opondo-se não ao rei Henrique VIII, mas ao seu rompimento com o papa. More recusou-se a assistir a coroação de Ana Bolena e a assinar a Lei de Sucessão. Acusado de traição, foi preso e decapitado em 6 de julho de 1535. Antes de morrer, mostrou-se extremamente religioso e fiel aos dogmas da Igreja. Tanto que foi canonizado como santo da Igreja Católica em 9 de maio de 1935. Sendo o dia 22 de julho o dia de São Thomas More, patrono dos políticos e dos