União Estavel
Leonardo Ferreira Mello Vaz1
As conquistas obtidas pela comunidade LGBT e seus árduos defensores, decorrem de um trabalho minucioso e incansável, nas mais variadas esferas e poderes. Se hoje podemos nos dirigir até um cartório e converter uma união estável em casamento homoafetivo, dê-se graças ao ativismo de pessoas que estão na fileira de combate diariamente, em busca de direitos.
Mas só isso não basta. Os anseios da comunidade LGBT necessitam de uma legislação. A vítima de homofobia quer ter a tranqüilidade de dirigir-se até uma
Delegacia de Polícia e registrar uma ocorrência pela discriminação sofrida, e mais, quer ver o agressor sob as penas da lei. Os homoafetivos que almejam buscar a adoção de crianças, sem precisar haver o temor de que alguma decisão conflitante venha a prejudicar e atrasar o processo. Estes exemplos demonstram a importância de uma lei específica que só venha a fortalecer uma sociedade mais justa.
Há quem pense em transformar o ativismo em plataforma política. Também existem aqueles que necessitam mostrar suas vaidades pessoais. Ou ainda, os indesejados críticos destrutivos, que são as pessoas desmotivadoras da causa e em nada contribuem.
Uma coisa é certa, enquanto não houver uma união por parte de todas as entidades, ONG’s, ativistas e conscientização da sociedade, o caminho da luta por direitos continuará com seus percalços. Como pedir apoio de uma sociedade que faz questão de externar o seu preconceito em várias atitudes? E essa mesma sociedade, quando se depara com as disputas internas por parte de ativistas, o que deve pensar?
Respondendo a esses questionamentos, outro caminho não há, senão o de arrecadarmos esforços e irmos à luta. Quando há o bom senso, a conjugação de esforços volta-se para a causa.
Está na hora de levarmos o debate pela diversidade sexual para além de outras fronteiras sociais. Devemos criar mecanismos de referência e conscientização nas escolas, universidades, nos