UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XII
Resumo do texto A Trajetória Sócio-Histórica da Escola Rural
Irene Kelly Oliveira dos Montes Costa
GUANAMBI
2015
A República no Brasil (1889), ao se instalar, estaeleceu um embate sócio-político que acabou por culminar com a vitória do liberalismo contemporâneo nas décadas de 1940/50. Confrontando setores antagônicos, como o agrário-exportador versus urbano-industrial, a República Velha pretendeu a inserção do Brasil na modernidade do século XX, buscando no processo escolar a fonte de inpiração para esse salto qualitativo.
Mesmo a República – sob inspiração positivista/cientificista – não procurou desenvolver uma política educacional destinada a escolarização rural, sofrendo esta a ação desinteressada das lideranças brasileiras. Desta feita, surgiu o “Ruralismo Pedagógico” que, segundo a professora Eni Marisa Maia. Pretendia “... uma escola integrada às condições locais regionalista, cujo objetivo maior era promover a fixação do homem ao campo” (Maia, 1982: 27).
As discussões sobre a educação, acontecidas na década de 1930, adiantaram as proposições que surgiram em meados da década de 1940, pois, terminada a II Guerra Mundial e, em conformidade com a política externa norte-americana, criou-se a CBAR (Comissão Brasileiro-Americana de Educação das Populações Rurais), que tinha por objetivo a implantação de projetos educacionais na zona rural e o desenvolvimento das comunidades campestres, mediante a criação de Centros de Treinamento (para professores especializados que repassariam as informações técnicas aos rurícolas).
Com o surgimento do Programa de Extensão Rural no Brasil, acreditou-se, romanticamente, na possibilidade de transformar o rurícola brasileiro, mediante eficaz e intensivo programa educativo de base, em um farmer norte-americano do pós-guerra.
O objetivo imediato da Extensão Rural foi o combate à carência, à subordinação e às doenças, bem como à