Unidade 2 2
A Antropologia Culturalista e Interpretativa
Autor: Prof. Dr. Marcelo Flório
4.1 INTRODUÇÃO
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O intento da unidade 4 é conceituar e estudar as características e propostas teórico-metodológicas da
Escola Antropológica Culturalista e da Escola Antropológica Interpretativa. É destacada, primeiramente, a importância dos trabalhos dos culturalistas influenciados por Franz Boas: Edward Sapir, Ruth
Benedict e Margareth Mead. Num segundo momento, são debatidas as concepções da antropologia interpretativa de Clifford Geertz, que é considerado herdeiro do culturalismo norte-americano.
Na unidade em questão, foram abordados as seguintes temáticas:
» » Culturalismo norte-americano;
» » A Cultura como texto.
Ao final da unidade, o/a estudante será capaz de:
» » Definir e Refletir sobre os procedimentos teórico-metodológicos da Escola Antropológica do Culturalismo norte-americano; » » Compreender e entender as propostas epistemológicas da Escola Antropológica Interpretativa e suas concepções da cultura como texto.
ANTROPOLOGIA E CULTURA BRASILEIRA
4.2 CULTURALISMO NORTE-AMERICANO
No século XX, a partir dos anos 20, foi desenvolvida a escola antropológica, que ficou conhecida pelo nome de “Culturalismo Norte-Americano”. O Culturalismo teve origem nos estudos de Franz Boas, nos
Estados Unidos, e, influenciou os trabalhos antropológicos de Edward Sapir, Ruth Benedict e Margareth
Mead, dentre outros importantes expoentes (ROCHA; TOSTA, 2009, p. 102-104).
O Culturalismo apresenta as seguintes características, de acordo com Rocha (2004, p. 108):
1) “Ênfase no estudo das especificidades culturais locais em termos de totalidade coerente e integrada, mas não necessariamente funcional”.
O Culturalismo tem como foco o estudo de características da cultura de um determinado lugar e tempo. Exemplo: o estudo dos índios Nhambiquara (o estudo da especificidade cultural local), no
Mato Grosso.
2) “Ênfase na estratégia metodológica de comparação de sistemas culturais diferentes”.
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