Uma revolução perdida: a história do socialismo soviético
Centro de Artes, Humanidades e Letras
Curso de História
Laboratório de História Contemporânea
Docente: Lucileide Cardoso
Discente: Alan Félix da Paixão dos Santos
Referência: HOBSBAWM, Eric. “A revolução mundial”. In. Era dos Extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
REIS FILHO, Daniel Aarão. Uma revolução perdida: a história do socialismo soviético. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 1997.
O texto de Eric Hobsbawm compreende a Revolução Russa como processo decorrente da “guerra total”, emergindo na primeira guerra e expressando o seu apogeu na segunda guerra. O socialismo nesse contexto histórico caracteriza-se como uma alternativa ao capitalismo e suas crises econômicas. Desta forma, os efeitos da Revolução Bolchevique repercutiram mais que da Revolução Francesa.
A Revolução Russa configurava-se como uma contradição por ter acontecido num país de predominância camponesa, opondo-se a idéia marxista de uma revolução socialista realizada apenas por proletariados. Questionando a incapacidade dos russos em promover algum tipo de revolução tanto de caráter burguês quanto marxista, o autor responde a tal posicionamento com o argumento do estabelecimento de um movimento anti-guerra. Esse movimento traria estabilidade social, política, diplomática e econômica.
Lênin organizou os anseios da população, agrupando a vontade coletiva no projeto de governo socialista, desta forma, assumindo o governo provisório devido à incapacidade da população russa. A consolidação e expansão do poder revolucionário socialista se estabelece.
A concepção de Hobsbawm é que a Revolução tomasse proporções mundiais, que essa vontade estava expressa em Lênin, contudo esse processo expansionista engessado por causa do isolamento russo. Porém, o caráter ideológico da Revolução teve repercussão mundial influenciando outras Revoluções. O medo vermelho incitou uma política de contenção do avanço