Um tema polêmico pós modernidade
O Brasil é um laboratório da pós-modernidade. (Michel Maffesoli)
O sociólogo Frances justifica sua afirmativa dizendo que “a noção de laboratório remete à experimentação, tentativa e erro, transição e renovação. (...) o Brasil encarna o sensível e o emocional como raras culturas no mundo. Para ele, um dos traços característico da pós-modernidade seria o fato de que “o emocional tomou o lugar privilegiado do racional na modernidade. Para entendimento do pós-moderno, Maffesoli sustenta o lugar da razão sensível (emoção, sentimentos, afetos, sensibilidade) no imaginário social e na socialidade e afirma que “associar pós-modernidade e neoliberalismo é uma bobagem, pois o fundamento da pós-modernidade não é econômico” (1999, p. 21). Terry Eagleton defende o fim do pós-modernismo, como Jürgen Habermas, afirmando que o projeto racionalista da modernidade ainda não se completou. Já Baumann tem uma concepção de “modernidade líquida”.
Diante disso podemos perceber que as diversas interpretações do pós-moderno têm tudo a ver com o lugar de onde se parte para compreender o tema. Vamos olhar a história do nosso país para constatar, em nosso próprio contexto histórico-cultural, a emergência desses traços que vêm caracterizar o que alguns teóricos denominam de pós-modernidade. Nesse sentido, o estudo é finalizado como uma espécie de intermezzo – um intervalo, não um “fim”, uma “conclusão final”. Um modo de pensar que ative no corpo o desejo de produção de sua própria singularização em simultaniedade com as lutas da multidão na construção de valores que afirmam a vida em seus movimentos de expansão.
É possível explicitar a noção de pós-modernidade?
A pergunta por si só pressupõe a existência de dificuldade em torno da noção de pós-modernidade. Nietzsche já nos mostrou que nenhum conhecimento é neutro. Assim, qualquer pretensão de explicitar a noção de pós- modernidade parece, de antemão, uma tarefa fadada ao fracasso se considerarmos que a mesma