Um história em migalhas
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Aluna: Amanda Alves Miranda Cavalcanti
Considerações sobre o capítulo “Uma História em migalhas” do livro A História em Migalhas de François Dosse
Recife, Fevereiro de 2014.
Este texto propõe-se fazer um resumo de um capítulo do livro “A História em Migalhas” escrito pelo célebre historiador francês François Dosse. O capítulo que vai ser destrinchado conta com 5 partes, - “A Antropologia Histórica”, “Uma História Serial”, “A Nova Grade do tempo”, “A História do Gulag”, “A História Imóvel”.
De modo geral, François Dosse, neste capítulo irá tecer inúmeras críticas a produção historiográfica da última geração da escola dos Annales, mais precisamente, a Nova História. Ele alega que a historiografia está em crise e que vem, desde a década de 1970, produzindo estudos pouco preocupados com a História, única, com letra maiúscula, e mais interessada em construir histórias, caindo na tendência da fragmentação. Construindo, portanto, uma história em migalhas.
A primeira parte do capítulo trata do contexto em que essa Nova História emerge na cena historiográfica, comentando sobre a descoberta do outro, ou como o próprio autor diz, “descobre-se o exótico perto de nós”, ou seja, entra em cena a produção de uma História Antropológica, agora preocupada com os homens e mulheres1 e suas práticas cotidianas. Como ele argumenta: “Tudo se torna objeto de curiosidade para o historiador, que desloca seu olhar para as margens, para o avesso dos valores estabelecidos, para os loucos, para as feiticeiras, para os transgressores...”. (DOSSE,1992. p. 168) Portanto vê-se que há um abandono da História “com tempos fortes”, se valorizando agora uma história da memória do quotidiano das pessoas simples, voltando-se, também, neste momento, às narrativas não escritas, ou seja, as tradições orais, permitindo a possibilidade delas fazerem parte do conjunto de fontes históricas.
Porém, segundo