História em migalhas
PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA
“O regime de historicidade, sempre aberto ao devir, certamente não é mais a projeção de um projeto plenamente pensado, fechado sobre si mesmo. A lógica mesma da ação mantém aberto o campo dos possíveis, em uma reabertura das potencialidades do presente, alimentada pelos possíveis não averiguados do passado. [...] o luto das visões teleológicas pode se tornar uma chance para se repensar o mundo do amanhã”. (pág.16)
APRESENTAÇÃO
“Este livro discute precisamente se a “Nova História” é ou não herdeira do movimento dos Annales”. (pág.18)
INTRODUÇÃO
“É necessário, portanto, perguntarmo-nos em que esse novo discurso histórico respondeu à demanda social, sem realizar um estudo mecânico limitado a um jogo de espelhos entre a sociedade global e o discurso do historiador”. (pág.27)
PARTE I – CLIO REVISITADA
CAPÍTULO 1 – A PRÉ-HISTÓRIA DOS ANNALES
RETORNO ÀS FONTES
“É necessário perceber o terreno em que cresceu a escola dos Annales, para compreender o porquê de sua posição hegemônica” (pág.33)
“A criação da revista dos Annales resulta da dupla mutação que perturbou tanto a situação mundial no pós 1914-1918 quanto o campo das ciências sociais”. (pág.33)
“Esse espírito dos anos 30 também uma reflexão sobre o declínio, a decadência, a ineficácia das ideologias, sobre o sobressalto necessário, que venha dar lugar ao homem percebido como personalidade, como singularidade”. (pág.39)
“Essa reflexão levou à rejeição das duas realidades existentes: o capitalismo, com suas contradições e crises que resultam em milhões de desempregados, e os regimes totalitários, tais como o fascismo e o nazismo, mas também rejeita a solução coletivista e, portanto, do modelo soviético”. (pág.39)
“O outro impulso que o meio historiográfico conhece fator de crise, depois de vitalidade, provém do campo das ciências