antropologia e culinária
Centro de Ciências Humanas e Letras
Departamento de Ciências Sociais
Curso: Serviço Social
Disciplina: Iniciação Antropológica
Professor: Fábio
Alimentação e Antropologia
Luana Maria Sousa Santos
Teresina, Setembro de 2013.
Alimentação e Antropologia A alimentação é uma necessidade física vital para a sobrevivência humana, além do caráter físico, observam-se elementos ecológicos, históricos e econômicos, consequência direta no imaginário, no simbolismo e no subjetivo. Observa-se no processo de alimentação elementos de construção de identidades culturais e sociais da humanidade. Fazendo parte do cotidiano, de um processo dinâmico voltado para o coletivo e individual.
Durante toda sua história, a humanidade conviveu com a fome, situação ainda presente em algumas regiões do planeta, sobretudo na África. Pragas, secas, inundações e longos invernos tinham efeitos devastadores e a falta de comida representava um perigo sempre à espreita. Vale ressaltar a distinção entre comida e alimento. Destaca, assim, Roberto Damatta: “Comida não é apenas uma substancia alimentar, mas também um modo, um estilo e um jeito de alimentar-se. E o jeito de comer define não só aquilo que é ingerido, como também aquele que o ingere.”.
Nessa perspectiva a alimentação e a cozinha podem ser base para analise de características particulares de um determinado grupo. Maria Eunice Maciel destaca que: “a cozinha de um grupo é muito mais somatório de pratos considerados característicos ou emblemáticos”. Sendo, assim, ultrapassam o caráter físico da necessidade imediata de sobrevivência, fazendo parte profunda na tradição cultural de um povo, de um país, de uma região etc. O homem se alimenta de acordo com a sociedade a que pertence e, ainda mais precisamente, ao grupo, estabelecendo distinções e marcando fronteiras precisas. Outro aspecto de importância fundamental quanto à alimentação humana relaciona-se a com quem comemos,