História em migalhas
François Dosse explica ao longo de sua obra, de forma clara e explicativa, as diferentes posturas e adaptações da Escola dos Annales desde sua primeira geração, onde seus fundadores, Marc Bloch e Lucien Febvre, propõem uma ciência a base de experiência, sem pré conceitos, uma verdadeira "guerra em movimento", com total negação à filosofia da história e seu aspecto positivista. Mas não apenas isso, a escola se propunha a uma abordagem que não fosse principalmente política.
A História que nascia no berço da religiosidade da Idade Média, passa, com o desenvolvimento das cidades, a ser escrita por monges contratados pelos reis, os monges copistas.
Segundo o autor, os membros da Escola dos Annales se apoderaram de todos os lugares estratégicos de uma sociedade dominada pelos meios de comunicação de massa. Falava-se agora do cotidiano de pessoas comuns, de mulheres, de imigrantes, etc. Havia uma procura de identidade, pois a sociedade não desejava ser órfã e sai em busca de suas origens.
Sem dúvida, a Escola dos Annales, no relato de sua própria evolução revela diversos momentos importantes para a cientificidade da História, até se chegar à importância da duração como ponto fundamental da escritura histórica atual. Fases em que até mesmo a psicologia (psico-história), a etnologia, a geografia, se enlaçaram ou não com a História para chegarem a um mesmo lugar.
Segundo Dosse "a repetição de modelos passados, a