Um estranho no ninho
Logo no início da trama percebe-se que McMurphy, apesar de ser extremamente sociável (uma vez que assim que chega ao hospício começa a entrosar-se com os pacientes e cativá-los com seu alto astral e brincadeiras), é um indivíduo que possui sérios problemas para seguir ordens e detesta rotina.
Essas características da personalidade de McMurphy acaba se tornando um problema para a enfermeira Mildred Ratched, que, antes do mesmo chegar, tinha a ala hospitalar de agudos e crônicos andando conforme sua música tocava. Serei sincera: nunca senti tanta raiva de um personagem em toda a minha vida. Mildred Ratched é o tipo de profissional frio, calculista e manipulador, com uma liderança negativa nata.
Um ser totalmente contra mudanças, por mais que as mesmas pudessem proporcionar algo de terapêutico aos pacientes (pra mim até quem é são uma hora acaba enlouquecendo vivendo apenas na rotina).
Ela via mudanças como uma espécie de incômodo para ela, pois ela também teria de mudar sua rotina de trabalho, teria de sair da zona de conforto. Ela não pensava no bem-estar dos pacientes, e sim, zelava pelo nome da Instituição. Lá ela fazia o que bem entendesse e jogava da forma mais suja para que as coisas corressem como ela queria, pois devido ao fato de ser manipuladora, tinha todos em suas mãos, inclusive aqueles que eram hierarquicamente superiores à ela no quadro do Hospital.
Já deu para perceber que os pacientes sob a supervisão da enfermeira-chefe Ratched (apelidada como "Chefona" por Bromden), viviam submissos e com medo de exporem seus pensamentos ou opinarem na