Um estranho no ninho
O surdo sente um sentimento de “estrangeiro” em relação com sua família de origem. A pesquisa foi feita com Maria 29 anos, Pedro 22anos e Janice 22anos. Foram feitas perguntas do antes e depois do encontro com a comunidade surda e a língua de sinais. O antes é descrito pelo sofrimento e isolamento que estavam submetidos pessoas através da oralidade. O depois passa a ser visto com alegria de encontros agradáveis de abertura para vida.
Maria relata que antes era um silencio total, não participava de nada, não tinha opinião é esta dimensão que os surdos ficam submetidos a precariedade simbólica antes de ter contato com a língua de sinais,com isso se torna uma vida de estagnação que os deixam margilizados sem condições de inserção e de apropriação de cultura.
Esta cultura apresentada envolve relações sociais, econômicas, políticas e vínculos entre seres humanos e seus valores.
Na tentativa de sair da inércia social subjetiva que se encontravam desenvolveram um sistema vinculado língua oral chamado sinais caseiros. Essa subjetividade diz o modo ou modos de ser, é resultado de processos biológicos, sociais, culturais entre outros.
A língua caseira é um sistema próprio de “gestos” que só é reconhecido no seu ambiente familiar, esta língua não funciona, pois só mostra situações básicas para os surdos e mesmo assim continua a não haver comunicação entre surdo e ouvintes. Maria, Pedro e Janice relatam suas experiências com seus familiares eles não se sentem excluídos linguisticamente e sim socialmente, isto mostra o isolamento entre membros ouvintes e surdos dentro da família.
Com o surdo não há o “eu” e sim o “ele/ela”,há uma estranheza intrínseca do sujeito.Eles eram considerados bobos e com dificuldades de entender as coisas.
Aconteceu no momento de vida deles a curiosidade de saber mais sobre sua