Um Ensaio sobre o papel da mídia
Lembro-me bem de meu professor de mídia, Vagner Gimenes, que na época em que fiz minha graduação era um profissional de mídia em ascensão – fato confirmado anos mais tarde.
Em sala de aula, já naquela época, era uma pessoa séria, dedicada, que tentava fazer os alunos entenderem aqueles vários conceitos, que muitas vezes soavam complicados demais para cabeças que pensavam somente em criação, criação e criação.
Um dia, quebrando a barreira que a seriedade impunha – ainda mais pela distância que as carteiras ficavam da lousa, e pelo burburinho que a “galera” insistia em fazer, isolando o professor a seu espaço – fui tirar algumas dúvidas. Lembro-me de sua atenção e, neste momento, identifiquei a dedicação e o carinho que ele nutria pela matéria.
Eu já trabalhava em produção gráfica há alguns anos, mesmo antes de ingressar na faculdade. Então, aquela disciplina pouco tinha a ver comigo naquele momento. Mesmo assim, guardei todos os materiais daquele professor – e de outros que marcaram definitivamente minha vida acadêmica e profissional.
Anos mais tarde, fui convidado a lecionar em uma instituição de ensino superior da região do ABC Paulista – a poucos metros daquela em que me
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graduei. Comecei nas áreas que tinha mais vocação – produção gráfica e computação gráfica – e, logo, fui expandindo minhas possibilidades acadêmicas, principalmente quando ingressei, como professor e pesquisador, naquela que foi meu segundo emprego em instituições de ensino superior.
Exatamente um mês depois que fui contratado, recebi uma solicitação para indicar um professor para uma área que era crítica – Mídia. Foi aí que fiz o convite a um grande amigo, na verdade, a primeira pessoa a quem troquei um “bom dia”, quando ingressei na faculdade, ainda como aluno. No começo, titubeante, Evandro Gallão topou o desafio, embora sua experiência profissional em mídia fosse restrito a uma atuação regional.
Atualmente, considero o Gallão como um dos melhores