Um discurso sobre as ciencias - Resenha
Por: Rafael Trindade Pellegrini1
A obra “Um discurso sobre as Ciências” apresenta-se explicando de forma sucinta a crise de identidade das ciências atualmente. Esse assunto é exposto ao longo da obra, sendo considerados aspectos históricos das ciências, seja ela natural e/ou social, bem como o atual contexto cientifico e as probabilidades para o futuro. O autor sustenta, inicialmente, que nos encontramos em uma fase de transição entre “tempos” científicos. Boaventura, utiliza-se do exemplo de Rousseau, que na obra “Discours sur Le Sciences et lês Arts” do século XVIII, buscou respostas por meio de perguntas simples. Mas, quem é o autor dessa obra?
Boaventura de Sousa Santos é um dos sociólogos mais influentes dos nossos dias. É doutor em sociologia do direito pela Universidade de Yale, professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Além disso, é diretor do Centro de Estudos Sociais e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa - ambos da Universidade de Coimbra. Com seus estudos conquistou prêmios e visibilidade em âmbito internacional ao divulgar suas inquietações com os experimentos da vida humana. No Brasil, Boaventura ganhou renome ao participar das ultimas edições do Fórum Social Mundial2.
Nesta resenha, refletiremos abordando as três discussões propostas pelo autor: o paradigma dominante, a crise do paradigma dominante e o paradigma emergente. Em seu discurso, Boaventura se dá conta em meio a um aparato científico tão abrangente, as perguntas e questionamentos tão complexos, já não são capazes de interrogar tamanho processo de desenvolvimento da sociedade. Ele acredita, assim como Einstein, que os questionamentos simples como os feitos por uma criança são capazes de nos fornecer esclarecimentos tão próximos da realidade que nos forneceria mais segurança a tantas perplexidades do mundo moderno. Essas crianças devem estar presentes em cada um de nós. O primeiro exemplo retratado