Resenha um discurso sobre as ciências

Boaventura de Sousa Santos nasceu em 1940, em Coimbra, Portugal. Onde se tornou professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. É doutorado em sociologia do direito pela Yale University (1973). Escreveu nas áreas de sociologia do direito, sociologia política, sociologia da ciência e epistemologia. Ficou conhecido no Brasil por participar de eleições do Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
Em seu texto clássico, Um Discurso sobre as Ciências, de 1987, o autor inicia falando sobre a crise por qual passavam as ciências no final do século XX. Ele aborda aspectos históricos das ciências naturais e das ciências sociais em suas evoluções, tentando evidenciar por meio de exemplos, como o método de perguntas elementares e simples de Rousseau, o momento de transição do tempo científico.
O texto sustenta-se sobre três pontos principais: o paradigma dominante, a crise do paradigma dominante e o paradigma emergente.
Nesta parte da obra, o paradigma dominante, o autor apresenta uma crítica a racionalidade científica que foi estabelecida no século XVI, de uma forma totalitária, afirmando que só temos apenas uma única forma de alcançar o verdadeiro conhecimento.
Na crise do paradigma dominante, ou seja, do modelo hegemônico, o autor dá ênfase a quatro condições teóricas que contribuíram para isso. A primeira diz respeito à teoria da relatividade de Einstein. A segunda fala da mecânica quântica. A terceira questiona a rigidez da matemática. E a quarta fala do conhecimento nas áreas da microfísica, química e biologia durante a segunda metade do século XX.
Tais teorias são apresentadas sobre uma forte discussão de como é construído o conhecimento científico, longe de atender as reais necessidades humanas.
O paradigma emergente propõe um novo modelo, de planilha social, utilizando-se de quatro princípios, são eles: 1°- todo conhecimento científico-natural é científico-social, 2°- todo conhecimento que se denomina local é total, 3°- todo conhecimento pode-se