Um caso real de conflito
MAR29
O cenário em que se passou esse caso foi em uma fábrica de porte médio, com 30 anos de vida e com produtos de prestígio em seu segmento de mercado, mas que passava por graves problemas financeiros oriundos de gestões mal sucedidas, principalmente em relação a qualidade e a produtividade de sua área industrial. Os principais aspectos que levaram a empresa a essa crise foram: a) chefias de produção, em todos os níveis, desmotivadas e desqualificadas na gestão de pessoas; b) quadro de pessoal operacional sem orientação segura e sem o devido controle; c) processos de trabalhos desatualizados em relação às exigências da competitividade; d) desperdício de matéria prima, de tempo e de força de trabalho; e) total falta de comprometimento do quadro de pessoal com a qualidade; f) negligência e descaso no trato das coisas da empresa.
Para resolver esses graves problemas em sua área industrial os sócios da Empresa decidiram contratar um executivo para liderar o processo de reversão da situação em que se encontrava a área de produção e, por via de conseqüência, a Empresa. Foram ao mercado e contrataram um profissional cujo curriculum-vitae apresentava excelente formação acadêmica e forte experiência técnica, por mais de vinte anos, em uma grande empresa. A expectativa dos sócios com a contratação era a melhor pois achavam que a qualificação técnica era a adequada para cargo da maior importância, no momento, para o destino da empresa. Mas essa expectativa foi por terra logo nos primeiros meses, e menos de um ano após a admissão desse executivo a situação na área industrial tornou-se mais grave ainda.. O quadro acima descrito potencializou-se e a empresa entrou num processo de quase insolvência, tendo inclusive de desativar um dos setores de produção com grande capacidade de gerar negócios. O “executivo” ficou menos de um ano na Empresa e mesmo depois da sua demissão, e por algum tempo , a