Ulcera
Varloud, Roussel, Boisot e Julliand (2007) colheram amostras de suco gástrico através de uma sonda nasogástrica e concluíram que a saliva e o alimento são importantes no tamponamento do pH gástrico, já que duas horas após a alimentação a média do pH do conteúdo gástrico, era superior a 5.
As células mucosas de superfície também segregam o ião bicarbonato (HCO3).
Estas duas secreções combinam-se para formar a barreira de muco importante na defesa da mucosa contra a acção agressiva do ácido gástrico. As células principais e as células-D segregam pepsinogénio e somatostatina, respectivamente (Cunningham, 2004).
O cavalo é um herbívoro que segrega ácido gástrico continuamente e de maneira variável
(Murray, 1994). Registos horários do pH mostraram um padrão circadiano, sendo que o pH decrescia durante a noite. Este padrão poderá dever-se ao facto de o cavalo consumir a maior parte do aporte diário de alimento, durante o dia (Husted, Sanchez, Olsen, Baptiste &
Merritt, 2008).
O pH da mucosa equina não é muito ácido, medindo em média 5,5 na porção dorsal do estômago e 4,1 na região adjacente ao margo plicatus.
Os locais de maior contacto da mucosa não glandular com as secreções gástricas são ao longo do lado direito do estômago e da curvatura menor, e estes locais normalmente apresentam maiores graus de ulceração
A úlcera gástrica gera uma síndrome com anorexia, desconforto abdominal, alteração na motilidade intestinal com constipação ou diarréia. As úlceras geralmente provêm de um trauma, estão associadas a uma doença erosiva ou ulcerativa primária (BLOOD et al, 1991).
Fatores comuns no desenvolvimento das úlceras em todas as espécies são a presença de liquido de baixo pH e o rompimento mecânico ou