Ubiquidade de micro-organismos
1. Introdução
As condições que favorecem a sobrevivência e o crescimento de muitos micro-organismos são as mesmas sobre as quais os seres humanos vivem, tornando assim inevitável a existência de uma grande quantidade deles em todos os tipos de superfícies e ambientes. Como os microrganismos estão presentes em qualquer lugar e ambientes (ar, água e solo), eles podem ser transportados causando contaminações em outras superfícies. Esta característica dos microrganismos chama-se ubiquidade.
A ubiquidade dos microrganismos é baseada em três características principais: tamanho reduzido, que permite uma grande capacidade de dispersão; variabilidade e flexibilidade metabólica, que permite se adaptar e tolerar rapidamente às condições ambientais desfavoráveis; e sua grande capacidade de transferência horizontal de genes, que lhes permite recombinar e coletar caracteres positivos e persistir durante um longo tempo adaptando-se às condições ambientais instáveis. Por exemplo, no fragmento de DNA recebido podem existir genes que conferem resistência a algum antibiótico ou a altas temperaturas. Por todos esses motivos é possível observar crescimento de colônias bacterianas e fúngicas em placas inoculadas com amostras de diferentes ambientes. Um método utilizado para avaliar a presença dos microrganismos no ar é a técnica da placa de sedimentação, onde uma placa de Petri contendo meio de cultura é aberta e exposta ao ar por um determinado tempo. Então a placa é incubada fazendo com que as partículas de poeira contendo os microrganismos se sedimentem na superfície do meio de cultura contido na placa de Petri. Depois da incubação é possível realizar uma análise sobre os microrganismos presentes na placa e obter um balanço da contaminação do ar de um ambiente.
A escolha do meio de cultura é uma etapa muito importante no processo de identificação do microrganismo em uma amostra. O meio de cultura pode ser escolhido, basicamente, segundo o