Tópicos para defesa de Antígona

1609 palavras 7 páginas
Caso Antígona – Argumentos para a defesa

1) Tirésias traz a desestabilização entre os deuses, o terreno e os mortos, já que Polinices não foi para o Ades. Um corpo insepulto traz terrível desgraça, sem dúvida, para o morto e para a comunidade. Para aquele, a mutilação - ser vítima da fúria devoradora de cães e pássaros carniceiros, e nenhuma honra fúnebre - ser banido da memória familiar e cívica. E, sobretudo, não adentrar a região dos mortos. Para a cidade, o risco da poluição
O próprio adivinho, Tirésias, reforça a crença na poluição, ao dizer a Creonte:
"Vem do teu querer o mal desta cidade./ Altares e lares andam conspurcados/por laivos de carne que arrancaram cães/e aves ao cadáver desse filho de Édipo. /Já os deuses recusam nossos sacrifícios/e orações, e a flama não sobe das coxas/da vítima e as aves gritam maus augúrios/fartas dessa graxa e desse sangue humano."

Antígona defende os costumes e tem para si a importância que todo o povo dava às cerimônias funerárias.

Dizia a heroína a Creonte: "A tua lei não é a lei dos deuses; apenas o capricho ocasional de um homem. Não acredito que tua proclamação tenha tal força que possa substituir as leis não escritas dos costumes e os estatutos infalíveis dos deuses. Porque essas não são leis de hoje, nem de ontem, mas de todos os tempos: ninguém sabe quando apareceram. Não, eu não iria arriscar o castigo dos deuses para satisfazer o orgulho de um pobre rei.”

2) Creonte tornou-se rei de Tebas após a morte de Laio, porém teve de entregar o trono a Édipo após ter vencido a Esfinge, conforme prometera. Após a morte de Polinices e Etéocles, viu novamente a oportunidade de ser rei, ficando como regente de Laodamante, filho de Etéocles.

O desejo de Polinices em assumir o trono era uma convenção entre ele e seu irmão Etéocles, assim, quem deveria assumir o trono após a morte dos dois era um dos filhos (Tersandro, filho de Polinices ou Laodamante, filho de Etéocles) e não Creonte.

3) Invocamos aqui,

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