Twitter IPO
por Patricia Huelsen
O IPO (sigla em inglês para Ofertas Públicas de Ações) do Twitter na semana passada impressionou a audiência fora e dentro da rede. O valor captado só ficou abaixo do Facebook, foi maior que o do Google e da Amazon quando da abertura de capital dessas empresas. Estas redes sociais foram melhor valoradas do que estas grandes empresas da internet. É preciso certamente tirar o quesito momento, pois a Amazon e o Google abriram capital mais próximo ao estouro da bolha da internet. Nos últimos anos, o mercado de investimento ganhou maturidade e conhecimento sobre as empresas de tecnologia, vide o ganho da Nasdaq, bolsa de valores destinada a empresas de tecnologia. Mas, o sucesso do IPO do Facebook e agora do Twitter não se deve, na minha modesta opinião, ao aspecto tecnologia. Deve-se ao fato destas empresas reunirem, conectarem e se usarem dos laços entre as pessoas. O valor das ações do Twitter subiu de 26 dólares para 44, 9 dólares logo após o lançamento; foi um aumento de 76%. Trata-se de um valor inicial possivelmente subestimado, ou que a oferta inicial proposta pelos analistas financeiros não esperava tamanha demanda, pois a empresa apresentava alguns impeditivos para tanto sucesso: uma dívida de cerca de 65 milhões de dólares e uma receita que ainda poucos compreendem.
“Sim, eles ganham dinheiro com a publicidade!” Tive que repetir esta frase algumas vezes em um curso sobre redes sociais, quando perguntei para os alunos como eles pensavam que o Facebook e o Twitter ganham dinheiro e, para minha surpresa, não sabiam dizer. Não é fácil entender como ganha dinheiro uma empresa cuja publicidade se confunde com conteúdo. Além disso, estas plataformas misturam os papéis dos tais stakeholders de uma empresa tradicional: os usuários são clientes, trabalhadores, audiência e agora podem ser investidores. A revista Time, satirizando a situação de trabalharmos para o sucesso do IPO do Twitter, criou