Bauman em seu livro intitulado “O Mal Estar da Pós Modernidade”, explica que no século XXI as pessoas sempre estão se movimentando, mesmo que não saiam do lugar. Um exemplo claro disso é a navegação na internet, e por meio da mesma conhecemos pessoas novas, lugares novos em que nunca estivemos fisicamente. Outro exemplo é quando assistimos televisão e ficamos sabendo de noticias em tempo real do outro lado do globo. Para Bauman somos viajantes que nos tornamos nômades que estão sempre em contato. Tanto o Turista quanto o Vagabundo citados no capítulo “Turistas e Vagabundos” do livro, são indivíduos inteiramente consumistas e esteticamente relacionados com o mundo. Porém, nessa obra, o autor destaca essa relação entre turistas e vagabundos para ilustrar quem são os heróis e as vitimas do capitalismo, visto que a sociedade está sendo marcada por um tempo-espaço flexivel e o que importa seria a habilidade de se mover. O Turista da pós-modernidade representa o indivíduo que não possui uma localidade fixa. Para ele, o espaço não existe como distância, e por isso, todo lugar é o seu lugar, é o seu lar, eles se movimentam porque querem se movimentar. Por prazer, vivem em meio a uma constante mobilidade que é possível através de sua condição material e cultural. Diferente do Turista, o Vagabundo se movimenta por estar sendo empurrado por uma necessidade de sobrevivência e mesmo com todo esse movimento existe a restrição de tempo e espaço. Geralmente seus empregos são os considerados humilhantes pelos turistas e que necessitam ser feitos por alguém. O Vagabundo vê no Turista um ideal de vida, enquanto o Turista vê no Vagabundo uma possibilidade de retrocesso, já que um dos temores do Turista é se tornar Vagabundo. Por isso o vagabundo é coagido a permanecer imóvel, e como exemplo disso, podemos citar a dificuldade que um indivíduo de baixa renda enfrenta para conseguir um visto, ou a popularização das passagens de avião que costumam ser muito caras. No