Turistas e vagabundos

Turistas e Vagabundos

Hoje em dia estamos todos em movimento, seja movimento físico ou não, pois para viajar não precisamos necessariamente nos deslocar do lugar que estamos, basta apenas ligar a TV, para descobrir vários outros lugares, que não conhecemos pessoalmente. Por isso hoje em dia a distancia não parece importar muito, pois podemos conhecer lugares diferentes de onde estamos.
Esse fato se dá pela globalização desenfreada em que vivemos nos dias de hoje, a indústria atual funciona cada vez mais para a produção de atrações e tentações, e é da natureza dessas atrações seduzir a nós consumidores, que temos sede dessas tentações.
Não há limites de chegada óbvia para essa corrida acirrada entre a produção industrial e o consumismo desenfreado das pessoas, com a atração de novas sensações, como seria possível a ideia de limite? E é esse fato que separa as pessoas do Primeiro e do Segundo Mundo
Como cita Jeremy Seabrook; ““ A pobreza não pode ser “curada” pois não é um sintoma da doença do capitalismo. Bem ao contrário: é evidencia da sua saúde e robustez... ””
Como podemos observar nossa sociedade é uma sociedade de consumo, todos os seres, não apenas o humanos vem do consumismo. A maneira como a sociedade atual molda seus membros é ditado primeiro e acima de tudo pelo dever de desempenhar o papel de consumidor, em nenhum de seus dois estágios (Antiga e moderna) a sociedade moderna pôde passar se quem seus membros produzissem coisas para serem consumidas, a diferença entre as duas é apenas a mudança de ênfase.
É onde surge uma pergunta muito frequente, “o homem trabalha para viver, ou vive para trabalhar?” Ou melhor, o homem consome para viver ou vive para consumir? O consumidor de hoje em dia não deve se apegar a nada pois, eventualmente a industria irá produzir algo que substituirá o que era até então insubstituível, fazendo desaparecer a conveniência desse objeto, a capacidade de consumo dos consumidores pode ser esticada muito além dos limites