A copa 2014
Em junho de 2014 o Brasil sediará a Copa do Mundo, um verdadeiro megaevento internacional, que gerará ao país vários empregos, aumento na economia com a entrada de turistas entre outros benefícios. Cabe ao Brasil, no dito popular, “vender sua imagem” ou como veremos, seria mais adequado o termo “pagar pela sua divulgação”, pois isso sairá bastante caro aos Cofres Públicos e aos cidadãos brasileiros, que foram atropelados pelo autoritarismo da FIFA.
Em contrapartida aos benefícios, a Copa do Mundo trará em seu pacote indenizações injustas (A União responde objetivamente pelos danos causados a FIFA e seus representantes), falta de transparência e participação popular, desrespeito as leis trabalhistas e ao Código de Defesa do Consumidor (nenhum comerciante poderá trabalhar num diâmetro de até 2 quilômetros do estádio), legislação de exceção (Lei da Copa e suas punições), elitização do espaço urbano (devido ao alto custo dos ingressos, só terão acesso as proximidades do estádio quem o tiverem, ou seja a elite), e outras atrocidades legalizadas pela lei 12663/2012 (Lei Geral da Copa), a qual fez o Brasil abrir mão de sua própria Soberania para recepcionar o evento, pois a Fifa controla entrada e saída de turistas, sendo que há garantia de visto a quem compra ingresso.
Cerca de 170 mil moradores foram ou serão removidos de suas casas, estima a Ancop (Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa), em favor das obras viarias do megaevento. Existe uma dificuladade em encontrar números exatos de pessoas que serão afetadas, pois o poder publico das cidades-sedes frequentemente nega-se ou diz não ter informação alguma sobre os despejos.
O dossiê “Megaeventos e Violações de Direitos Humanos no Brasil”, produzido pela Ancop, aponta que:
“As estratégias utilizadas uniformemente em todo o território nacional se iniciam quase sempre pela produção sistemática da desinformação, que se alimenta de notícias truncadas ou falsas, a