RESUMO: turistas e vagabundos
4. Turistas e vagabundos
Hoje em dia estamos todos em movimento. Não se é mais necessário sair para viajar, pois com a internet é possível se estar em qualquer lugar do mundo, é possível estar em movimento mesmo que fisicamente parado. Houve uma redução das distâncias e uma redução das fronteiras, ou seja, o espaço não é mais um obstáculo, basta apenas alguns segundos para conquistá-lo.
A idéia do “estado de repouso”, da imobilidade, só faria sentido em um mundo em que assim fosse percebido. Há uma explicação que critica esse argumento, a qual afirma que a globalização arrasta as economias para a produção do volátil e do precário. Onde a produção volátil é responsável pela falta de durabilidade dos produtos e serviços, e o modelo de produção precária, que cita como exemplos os empregos temporários e flexíveis.
Ser consumidor numa sociedade de consumo
A velha sociedade moderna enxergava seus membros primordialmente como produtores e soldados, mas no seu estágio atual, a sociedade moderna tem pouca necessidade de mão de obra em massa, sendo assim, projeta seus membros como consumidores. É claro que a sociedade moderna passou por essas duas fases produzindo coisas para o consumo, o que diferencia tais fases é apenas a ênfase e as prioridades.
Se os filósofos ancestrais, os poetas e pregadores refletiam se o homem trabalhava para viver ou vivia para trabalhar; o atual dilema trata-se de ser necessário consumir para viver ou se o homem vive para poder consumir. Ou seja, ainda somos capazes e sentimos a necessidade de distinguir aquele que vive daquele que consome.
Já quanto à satisfação do consumidor, deveria ser instantânea. Ou seja, os bens de consumo deveriam satisfazer de imediato, sem a necessidade de aprendizado de quaisquer habilidades ou extensos fundamentos. Porém, a satisfação também deveria ter um fim, deveria haver um tempo em que o consumo fosse terminado, e esse tempo deveria ser reduzido ao mínimo.
Os consumidores são acumuladores de