Turistas & fotografias
A CONSTRUÇÃO DAS REPRESENTAÇÕES DE VIAGENS
Ingrid Lyra Matheus
GT: Sociedade e Cultura
Turismo, por sua vez, envolveria os processos que incentivem, facilitem e viabilizem os deslocamentos, assim como a recepção àqueles que se deslocam, nos destinos (GASTAL, 2007, p 2).
O objetivo deste trabalho é relatar alguns aspectos conceituais sobre a presença e a influência do imaginário nos registros fotográficos em viagens. Busca, desta maneira, discernir sobre o significado das fotografias na vida das pessoas, em suas memórias. Para realização do estudo foram consultadas fontes bibliográficas em livros sobre fotografia, sociologia, antropologia visual e imagem. Viajar faz parte integral do cotidiano dos humanos desde os primórdios. Se nos primeiros momentos de mundo o deslocamento era uma questão de sobrevivência, em busca de novos territórios, caça ou guerras. Na modernidade tornou-se uma necessidade baseada no desejo e status. De acordo com Krippendorf (2001, p. 35):
o ciclo da reconstituição começa pelo homem e suas necessidades, pelo homem comum que se torna turista e a seguir volta a ser o homem comum. Suas necessidades condicionam suas atividades.
Sustentado pelo turismo, o viajar, segundo Feifer (apud URRY; 1985), é uma experiência “moderna”. Não “viajar” é como não possuir um carro ou uma bela casa. É algo que confere status, nas sociedades modernas. As pessoas viajam por diferentes motivos, entre eles, destacamos as motivações profissionais, de saúde, negócios e lazer. É a busca da ilusão, a crença de que uma viagem irá curar os problemas da cansativa rotina contemporânea.
A possibilidade de sair, de viajar reveste-se de uma grande importância. Afinal, o cotidiano só será suportável se pudermos escapar do mesmo, sem o que, perderemos o equilíbrio e adoecermos. O lazer e, sobretudo, as viagens pintam manchas coloridas na tela cinzenta