Turbinado
Carlos Ghosn é um turbilhão cultural: nasceu no Brasil, viveu a infância e adolescência no Líbano, estudou engenharia na França, melhorou seu inglês e sua educação aproveitando as oportunidades que lhe eram apresentadas: focou em aprender o que fosse utilizado em qualquer área de atuação. Fala fluentemente português, inglês, espanhol, japonês, árabe e francês.
Atuou em grandes corporações, como Michelin (América do Norte e Sul) e Renault até receber a incumbência de salvar a Nissan da bancarrota.
Extremamente focado na execução, acredita que só pode ser visto o que é executado. Bem, e como segue essa execução? Através dos seguintes princípios:
- Controle da comunicação interna: a transparência dos fatos deve ser transmitida à todos da empresa e todos devem entender a comunicação, sem possibilidades de dúvidas;
- Observação: através dela, busca entender todos os processos da empresa, escutando todas as pessoas e as pessoas certas, sem presunção e ideias pré-concebidas, como "uma folha de papel em branco";
- Trabalho rápido: sem queimar etapas ou atropelar processos;
- Compromisso: compromissos assumidos devem ser cumpridos.
Esses princípios possibilitam que toda comunicação se torne simples e que o trabalho possa ser mensurado para se tomar decisões baseadas em fatos concretos.
Entretanto, nada disso seria possível se Carlos Ghosn não acreditasse nas pessoas e que elas possam melhorar! Só através das pessoas que foi possível implementar o Plano de Revitalização da Nissan (NRP) para salvá-la da dívida de 22 bilhões de dólares no final de 1999 para o melhor desempenho financeiro da história da montadora no anos fiscal de 2000 anunciado em maio de 2001.
Esse é Carlos Ghosn, cidadão do mundo, o Ghosn-san, o "seven-eleven", adorado pelos