TUNDER
BIOLOGIA E GEOLOGIA: OPINIÃO DOS ESTUDANTES SOBRE AS PRÁTICAS
REALIZADAS
Luís Dourado
Universidade do Minho
Braga, Portugal ldourado@iep.uminho.pt Introdução
A importância que o Trabalho de Campo (TC) tem assumido na Educação em Ciências conduz a que seja considerado como um recurso de inegável valor, considerado para alguns como fundamental quando se pretende que os alunos estabeleçam a relação dos conhecimentos adquiridos em contexto de sala de aula com a realidade envolvente. O
Currículo Nacional do Ensino Básico (2001) prevê que os alunos tenham oportunidade de observar o meio ambiente, de planificar saídas de campo, de elaborar roteiros de observação, instrumentos simples de registo de informação, diários de campo e de usar instrumentos auxiliares (bússola, lupa, etc.).
Pese todo o valor educativo que unanimemente é atribuído ao TC (Gayford, 1985), verifica-se contudo que continua a ser pouco implementado, e quando tal acontece os resultados não correspondem ao esperado, pois nem o factor de motivação, normalmente atribuído à realização de TC, faz com que os alunos alcancem uma aprendizagem significativa dos conceitos, nem a sua realização faz com que os alunos consigam adquirir hábitos e destrezas científicas. Na opinião de diversos autores, este fracasso resulta da orientação que tem sido dada ao TC realizado. Este assume habitualmente características prescritivas, assentes no cumprimento de instruções detalhadas que conduzem os alunos para a resposta correcta e tem como objectivos fundamentais comprovar a teoria e desenvolver habilidades manipulativas
(Rebelo & Marques, 1999; Dourado, 2001).
Os professores desempenham um papel fundamental tanto a implementação do TC como na mudança de orientação das actividades que poderão implementar. Ao longo do seu percurso de formação tanto inicial como decorrente da prática profissional constroem todo um conjunto de concepções que