queimada viva

O livro relata um "crime de honra", em que Souad, que é uma rapariga árabe, se apaixona e engravida. Na Cisjordânia engravidar antes do casamento é o mesmo que dizer: "Estás morta!" ou "Irás morrer em breve!"
Foi o que aconteceu, quando a família soube que ela estava grávida, o cunhado foi encarregue de a regar com gasolina e lhe lançar fogo Ela conseguiu fugir, mas não sabe como, só se lembra de estar numa cama de hospital, onde quase nem tratavam dela Apareceu uma voluntária, cujo nome era Jacqueline, e trabalhava numa organização humanitária, ela fez de tudo para a tirar de lá. Durante a sua estadia no hospital a mãe ainda a tenta assassinar. Jacqueline queria tirá-la do hospital e foi falar, em conjunto com um médico, com os pais, tentou convence-los de que era melhor para eles e para a filha, ela morrer longe deles, para que não lhe causasse mais problemas. Eles aceitaram a proposta e foram tratar dos papeis para ela ir embora, mas eles desconheciam que a gravidez tinha ido avante. A voluntária consegue levar mãe e filho para a Suíça. ouad recuperou, o filho foi para adopção e ela conseguiu organizar a sua vida num mundo completamente diferente do que tinha vivido até ao momento, apaixonou-se passado muito tempo e teve duas filhas. Vi-o o filho muitas poucas vezes, até que um dia, num dos encontros, fala com ele e reúne a família toda, e todos gostaram da ideia de haver um novo membro na família. Souad consegue deste modo dar testemunho da sua vida e de um "crime de honra" que aconteceu à cerca de 35 anos, e que ainda hoje continuam a acontecer muitos como este. Ela fê-lo através deste livro e de entrevistas. Excerto: última página
Este tipo de livros tem, a meu ver, muitas vantagens:
· informa-nos de outras culturas ou religiões
· faz-nos ver, quando estamos mais abatidos, que a nossa vida a final não é assim tão má como parece
· apela-nos a um dia mais tarde