tráfico de pessoas para exploração sexual
Problema que acontece em escala mundial, a exploração sexual infantil está associada à desigualdade social, falta de escolaridade e violência intra-familiar, entre outros fatores. Para Lumena, a erotização precoce observada na música e em outras expressões culturais do Brasil são agravantes consideráveis. Ela destaca que a mídia nacional apresenta, com freqüência, meninas de 13 ou 14 anos como “modelos profissionais” ou “símbolo sexuais”.
Dos 60 milhões de crianças e adolescentes do país, as que vivem em situação de rua ou sem o cuidado integral de pais ou responsáveis são mais vulneráveis à exploração sexual, que pode significar uma possibilidade de ascensão, quando não a única fonte de recurso para se alimentar. “Porém, uma parcela não está na faixa de exclusão mas quer um tênis novo de marca ou um celular ‘da onda’”, revela Cristina Albuquerque, coordenadora do Programa de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
A falta de maturidade para o senso crítico favorece a sedução. “Mas, emocionalmente a vítima sofre um grande trauma que só será percebido depois”, diz a psicóloga Ângela dos Santos,