Trem de ferro
1ª - A ÉTICA DE KANT
A. Kant e o iluminismo. B. Conceção dualista do Homem: animalidade e humanidade. C. Da heteronomia à autonomia: ética autónoma, formal e deontológica. D. Fundamentos do acto moral:
1. O conceito de boa vontade 2. O dever 3. A lei moral 4. O imperativo categórico
E. Ideias essenciais F. Análise crítica
A. KANT E O ILUMINISMO
- O Iluminismo sublinha a ideia de que o homem tem a capacidade de pensar por si mesmo.
- O Iluminismo valoriza o papel da RAZÃO.
- Kant recebe de Jean Jacques Rousseau a ideia de que todos os seres humanos são capazes de distinguir a bem do mal, pelo que todos são chamados a cumprir o seu dever.
- Kant é ainda influenciado pelo pietismo, movimento religioso da Igreja Luterana, que dá especial relevo à fé, à retidão da vontade e à pureza interior.
.
B. CONCEÇÃO DUALISTA DO HOMEM: ANIMALIDADE E HUMANIDADE.
→ Animalidade : matéria, corpo, sensível, sentidos.
→ Humanidade : espírito, alma, inteligível, razão.
Assim:
- A animalidade relaciona-se com o homem enquanto realidade empírico-sensível, enquanto ser material que dispõe de um corpo dotado de apetites, impulsos, desejos, inclinações e necessidades de ordem biológica.
- A humanidade identifica-se com a parte racional do ser humano. É a sua dimensão superior, sede da autonomia, da responsabilidade, da liberdade, da consciência, do sentimento do dever, da boa vontade, em suma, da capacidade para agir moralmente.
C. DA HETERONOMIA À AUTONOMIA
→ Se o homem se deixa determinar pelos interesses de ordem biológica, está a deixar-se conduzir por forças estranhas à razão, perdendo a sua autonomia de ser racional e livre. Adoptaria uma ética heterónoma.
→ Kant propõe uma ética autónoma, orientada pela razão, ainda que os apetites e impulsos