Treinamento
Márcia Costa
A educação deve transmitir de modo eficaz, cada vez mais saberes, adaptados à civilização cognitiva, pois são as bases das competências do futuro. Simultaneamente deve encontrar e registrar as referências que impeçam as pessoas de ficarem submergidas nas ondas de informações que, cada vez mais invadem os espaços públicos e privados neste mundo em constantes mudanças. A educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar através dele. Para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se em torno de aprendizagens que serão os referenciais de conhecimentos necessários para cada indivíduo neste novo cenário da Educação para o século XXI.
O ambiente corporativo caracterizado pela complexidade e por mudanças aceleradas representa um desafio para as Organizações que, a todo o momento, precisam estar se (re)adaptando a novos cenários. Muitos acreditam na força da tecnologia e na gestão da informação como poderosas ferramentas de trabalho, mas paralelamente a esta concepção, há também a crença de que é o homem o principal e único agente capaz de promover as mudanças necessárias nesta nova era. As pessoas, que constituem o capital intelectual das Organizações, cabe o desafio de construir Organizações mais humanas e uma sociedade melhor para se viver e conviver. As Organizações cabe o importante e estratégico papel de contribuir para o desenvolvimento e a construção de novos modelos de aprendizagem que possibilitem a aquisição e o aperfeiçoamento de competências.
Jacques Delors, que foi autor e organizador do Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, intitulado: Educação, um Tesouro a descobrir, descreve que o paradigma da educação deve se basear nas seguintes dimensões: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.