Transtorno Afetivo Bipolar

O transtorno afetivo bipolar têm alta prevalecência na população mundial num total de 14 milhões de pessoas, o que significa 8% da população mundial brasileira ou o número de habitantes do Estado de São Paulo ocupando a sexta posição de maior causa de invalidez do mundo entre pessoas de 15 à 44 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a reportagem “Por quê? A neurociência dos suicídios” de março de 2003 da Revista Scientific American 60 à 80% dos suicídios norte-americanos sofridos devem-se ao Transtorno afetivo bipolar, sendo que nos EUA, o suicídio é considerado a 11º causa de morte, com o 1,2% do total de óbitos, morrendo uma pessoa a cada 18 minutos e sendo que a cada minuto alguém tenta o suicídio.

Estas perdas significativas na vida dos portadores são caracterizadas por alterações de humor, com recorrência de episódios depressivos e maníacos ao longo da vida(Michelon e Vallada, 2004), sendo uma doença com importante fator genético, cuja a herança se caracteriza por mecanismos complexos de transmissão envolvendo múltiplos genes que estão sob a influência de inúmeros fatores ambientais.

Segundo o Dr. Beny Lafer e o Dr. Homero Pinto Vallada Filho(1999) são três fatores que participam da gênese das depressões:

1- genéticos,

2-neuroquímicos e

3- ambientais

Na etiologia e fisiopatologia e suas implicações no desenvolvimento de novos tratamentos do Transtorno Afetivo Bipolar, em toda sua heterogeneidade, torna-se extremamente importante para definir suas estratégias ou condutas de tratamento e prevenção, aqui também abordadas. Para tanto, as técnicas de investigação nos campos genéticos, epidemiológicos e psicossocial que permitem esta melhor compreensão.

Estudos farmacológicos e moleculares permitem selecionar genes e regiões genômicas potencialmente implicadas com a susceptibilidade ao Transtorno Afetivo Bipolar. Segundo o jornal O estado de São Paulo de 26 de março de 2006, nos últimos