Transplante versus bioetica
Transplantes versus Bioética
Dentre os avanços da Medicina, na busca de amenizar sofrimentos físicos, de homens e até de animais, um que tem se mostrado dos mais vitoriosos é o que cuida dos transplantes de órgãos. E, obviamente, para que haja um transplante de órgão, há que haver, precedendo-o, sua disponibilidade. O começo na Antigüidade Cosme e Damião, médicos e mártires cristãos do séc. IV, santificados pela Igreja, patronos dos cirurgiões, ao atenderem um doente cuja perna gangrenada estava a exigir amputação, teriam realizado tal cirurgia, tendo antes, porém, ido ao cemitério e de lá trazido a perna de um negro, que transplantada no lugar da que então foi extirpada,milagrosamente resolveu tão grave problema, inaugurando — ao menos para a História, embora em forma de lenda.Mesmo sendo lenda, o registro histórico é indicativo de que a idéia dos transplantes é antiga.
Idade Média Cerca de dez séculos à frente, há descrição dos primeiros intentos de realização de transplantes, que não prosperaram, pelo primitivismo dos procedimentos, sendo de se considerar o agravante da infecção.
Século XIX
Transplante com grande êxito,foi o de osso, no caso viria a ocorrer em Glasgow, Escócia, num procedimento inédito que demandou três anos, tendo iniciado em 1887 e sido concluído em 1890.
Século XX Na Itália, em 1931, houve um transplante de glândulas genitais,com sucesso mas que fez eclodir acerbas críticas, médicas, jurídicas e éticas, eis que o doador — vivo — cedeu a glândula por dinheiro. Transplantes renais com sucesso tiveram seu começo em Boston/EUA, em 1954, quando um gêmeo cedeu um rim ao irmão. Contudo, foi em 1967 que o mundo todo se admirou com o transplante de coração realizado na África do Sul, pelo doutor Christian Barnard, que transplantou num homem, o coração de uma mulher que falecera há poucas horas. Daí em diante, os transplantes só fizeram evoluir, a ponto de atualmente serem rotina.
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